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O número de candidatos autodeclarados indígenas inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 aumentou 89% em relação a 2022, segundo dados divulgados pelo Painel Enem 2025, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O total de inscritos passou de 19.980 para 37.489 no período analisado. Apesar do crescimento expressivo, os participantes indígenas ainda representam 0,77% do total de 4,81 milhões de inscritos confirmados no exame deste ano.
A autodeclaração de pertencimento indígena é feita pelos próprios candidatos no momento da inscrição. De acordo com o Inep, 55,61% dos inscritos indígenas são mulheres e 44,39%, homens.
O levantamento mostra ainda que a maioria dos inscritos autodeclarados indígenas — 16.610 pessoas — está concluindo o ensino médio em 2025, número que é 100,63% maior que o registrado em 2022. O segundo grupo mais numeroso é o dos candidatos que já terminaram o ensino médio, somando 14.052 participantes.
Entre os estados, o Amazonas lidera em número de inscritos indígenas (6.764), seguido por Pernambuco (4.525) e Bahia (3.450). O Inep lembra que universidades que oferecem cotas para povos indígenas podem solicitar documentos comprobatórios, como a Declaração da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
De acordo com o Censo Demográfico de 2022, do IBGE, o Brasil tem cerca de 305 etnias indígenas, que falam mais de 274 línguas, representando 0,83% da população total do país.
As provas do Enem 2025 estão marcadas para os dias 9 e 16 de novembro, em 1.804 municípios brasileiros. No entanto, em Belém, Ananindeua e Marituba (PA), as avaliações ocorrerão em 30 de novembro e 7 de dezembro, por conta da COP30, que será realizada entre 10 e 21 de novembro na capital paraense.
O exame será composto por 180 questões objetivas, distribuídas entre as áreas de linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática, além da redação dissertativo-argumentativa.
Criado em 1998, o Enem é utilizado como principal forma de ingresso em universidades públicas e privadas, além de permitir o acesso a programas como ProUni, Fies, Sisu e intercâmbio acadêmico em Portugal.
Com informações do Inep e Agência Brasil*
Por Victoria Medeiros, da Redação